NA PRÓXIMA SEMANA, COLHEITA DE AMOSTRAS NAS MINAS DE SAL DE LOULÉ E POST COM IMAGENS DA DEFORMAÇÃO DO SAL
Geologia no Himalay do noroeste da Índia
Him – gelo
Alay – lugar
Por algum motivo os europeus corromperam o nome original para Himalaya, e posteriormente para Himalayas.
As temperaturas
Em Kolkata a temperatura é significativamente mais baixa, menos 8 ºC do que em Delhi, mas repare-se no “Feels like”, 47 ºC, aquilo que realmente se sente por causa da humidade de 60% ... |
22 de Maio
Chegada dos engenheiros e inspecção técnica. Veredicto: “Senhores passageiros, temos que trocar de avião. Menos mal! |
De novo o Comandante: “Senhores passageiros, toca a embarcar rápido porque o aeroporto de destino (Dehradun) encerra às 18:00!” Devíamos ter lá chegado às 15:00 ... |
Ainda do ar, uma primeira visão do Himalay Menor. |
... e com mais de 3 horas de atraso, e os colegas Indianos à (des) espera, finalmente o aeroporto de Dehradun com o Himalay como pano de fundo. |
Chegada ao Instituto onde ficámos hospedados durante os dias de trabalho em torno de Dehradun. |
23 de Maio
24 de Maio
Segundo dia de trabalho, outro vale, agora em busca do não menos famoso MBT (Main Boundary Thrust). |
A beleza das rochas: deformação associada ao dito MBT. |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
De volta à beleza das rochas ... |
25 de Maio
A caminho de Debaprayag onde ficaremos umas noites numa Guest House. Prayag significa confluência de rios. |
Charneiras de dobras muito especiais que deixo aqui para reflexão dos meus alunos ... |
No caminho passamos por Rishikesh (lê-se Rissikess). O rio que banha a cidade é o Ganga, que para os ocidentais é o famoso Ganges. Mais uma corrupção do original ... |
26 de Maio
Rudaprayag, claro na confluência de dois rios que até têm cores diferentes. Porquê? |
Um pormenor para se perceber melhor a diferença de cores. |
No miradouro sobre a cidade e os rios ... |
Pormenor do casario sobre o rio verde. |
A ponte é uma passagem para a outra margem, onde se pode observar melhor as rochas aflorantes nas margens do rio. |
Exemplo de estratificação cruzada em quartzitos. Questão para os meus alunos: o topo do estrato é para cima ou para baixo? Isto é um flanco normal ou inverso? |
Até para lagarto isto está quente! |
27 de Maio
Habitante local. |
Habitação modesta, mas vista magnífica. |
As estradas são sistematicamente cortadas por escorregamentos de terras de dimensões variadas. |
Detalhe da imagem acima. Repare-se que alguns dos blocos são maiores do que a largura da estrada. |
Em muitas partes da estrada, só passa um carro de cada vez ... |
... e os carros passam muito próximo do precipício. |
Uma primeira visão de Srinagar, a cidade onde passaremos alguns dias lá mais para diante. |
Vista para sul de Srinagar. |
Todos os dias, duas vezes por dia, tínhamos que passar neste troço de estrada entalhada num grande deslizamento de terra ... |
As terras do deslizamento cortam uma parte significativa do rio. Grandes deslizamentos de terra podem produzir barragens naturais. |
A grande beleza dos vales no Himalay. |
Passagem por uma vila ... |
Outro vale ... |
A maior parte das estradas é entalhada em depósitos coluvionares que se encontram em creep (movimento lento e contínuo), como atestado pela inclinação das árvores no primeiro plano. |
Mais um vale ... |
Uma primeira imagem dos terraços fluviais ... voltaremos a eles mais adiante ... |
A estrada muitas vezes corta a rocha em declive negativo. O que é que acham que acontece aqui com muita frequência? |
Mais um vale por onde a estrada, lá em baixo à direita, serpenteia seguindo o rio ... |
Em detalhe, percebe-se o perigo da estrada entalhada na rocha que fica em relevo negativo ... |
Sabem de onde veio aquela pedralhada ali na estrada? É óbvio ... |
Mais uma prayag ... |
Grandes terraços fluviais em ambas as margens do rio. |
Mais um vale, não me canso de os fotografar ... |
Vale lindíssimo e de novo os terraços fluviais ... há vários terraços, a diferentes alturas a partir do leito do rio, o mais alto dos quais parece estar a 150 m. |
Idem ... |
... e mais um vale ... |
... e ainda outro ... |
... e mais um troço de estrada para quem não se impressiona com o perigo ... veja-se o detalhe em baixo ... |
... por isso é que, com frequência, viaturas caem precipício abaixo. |
... e mais um vale, irresistível ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Qualquer encosta um pouco menos inclinada é aproveitada para agricultura. |
... e ainda outro vale ... |
Idem ... |
Idem ... |
A vaca, intocável, ali estava ... |
... ali continuou com os carros a passar ... |
... e os carros passaram e ela ali permaneceu impávida e serena ... sim, porque ninguém se atreve a enxotar a sagrada vaca! |
A beleza das rochas durante a procura do famoso MCT (Main Central Thrust). |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Idem ... |
Para além da beleza (para todos), estas rocha contêm excelentes indicadores cinemáticos (para os entendidos). |
Terraço fluvial aproveitado para a agricultura. |
De novo a beleza das rochas e os critérios cinemáticos. |
Começo de dia chuvoso em Srinagar ... |
Oh pássaro emproado e sombrio, o que é que estás a fazer aqui nos meus galhos? Vá, tu e o teu amigo daqui para fora ... |
Ainda aqui estás?! |
Pronto, assim está bem, cada qual no seu galho ... |
De novo as charneiras verticais de dobras. Como é que a natureza faz isto? Gostava de ouvir os meus alunos sobre o assunto. |
Nem só de Geologia vive um homem ... este pássaro muito menos ... |
Este eu sei o nome - colibri. |
... este não ... |
... nem este ... |
Lagarto, mas com tendências mais para o azul ... |
A fêmea tem mais pinta ... |
A chuva da tarde limpou um pouco a atmosfera e pudemos ver melhor o Himalay mais elevado e com neve. |
Outra vista ... |
Temos de voltar rapidamente para Srinagar, pois temos que atravessar o famoso deslizamento de terras; compare-se a dimensão do deslizamento com o das viaturas ... |
30 de Maio
Sanita estilo ocidental ... |
... mas com um toque Indiano! Sanita e bidé juntos ... 2 em 1! |
E uma vista final do alto Himalay ... se tudo correr bem, andarei por ali mais perto em 2012. |
31 de Maio
E mais um pássaro antes de sairmos para o trabalho de campo. |
... e mais um vale ao nascer do sol ... |
... e outro mais adiante ... |
e outra vez a passagem pelo famoso "landslide", agora visto de baixo ... |
Fim de tarde em Srinagar ... |
onde visitámos o Departamento de Geologia ... e nos refugiámos de uma trovoada monumental! |
Após a passagem da forte chuvada, ficámos com um belo arco-íris ... na verdade dois. |
1 de Junho
Fotografias matinais enquanto espero pelo chá do pequeno almoço ... |
Esta espécie tropical, o mainato, já chegou a Portugal, e até já observei um no meu jardim ... |
Aqui as rolas têm muita pinta ... |
... e têm outro colorido! |
2 de Junho
"Streaking" à Indiana ... não percebi a mensagem do conjunto: militar com ambos os braços amputados + homem nu + mulher de sari + jovem carregando (?) na mão igual a ?! |
Fim de dia na feira de Dehradun ... |
... ainda a feira onde tratei do imposto de solidão ... |
Como é que esta malta se entende?! |
Quando chegámos a New Delhi visitámos o Departamento de Geologia e passámos pelo edifício da chancelaria. |
Até as garças boieiras tropicais têm outro colorido ... |
New Delhi, a capital - mais de 43 ºC e uma poluição imensa!
Sábado - Taj Mahal
De carro até ao parqueamento, e de camelo até ao Taj Mahal. |
Enquanto se espera na fila para a revista por apalpação ... |
... ainda dá para tirar mais uma foto. |
... e finalmente a entrada para o Taj Mahal! |
O Taj Mahal, uma das (novas) sete maravilhas do mundo. |
O ocidental vestido de Indiano, e os Indianos vestidos de ocidental. Como é que é possível trocar um lindíssimo Sari (das mulheres, claro!) por um par de jeans ... |
Um dos minaretes do Taj Mahal ... |
... e ainda outro minarete. |
Detalhe do trabalho de talha no mármore; de notar que as cores são incrustações de outras rochas no mármore ... |
As traseiras do Taj Mahal. |
A Eastern Gate. |
O Taj Mahal visto do Forte de Agra. |
Vista lateral do Taj Mahal. Sábado - Forte de Agra |
O Forte de Agra, construído em arenito vermelho. |
A entrada para o forte. |
Vista parcial das muralhas do forte. |
A entrada, mesmo, com a pedra profusamente trabalhada. |
Afinal há ainda outra porta ... |
Agora sim, dentro do forte ... |
Vestíbulo da parte residencial. |
Os jardins e a sala de audiências. |
O interior da sala de audiências. |
O lugar do Rei nas audiências. |
Vista parcial da mesquita do forte. |
Os aposentos onde o Rei foi encarcerado pelo filho, e de onde podia observar ao longe o Tal Mahal, túmulo onde foi sepultada a esposa (oficial!). |
Um outro aspecto do cárcere onde o filho manteve o pai prisioneiro (diferenças de opinião e guerras de poder) ... |
Sala de música e outras artes. |
Pormenor do trabalho de talha, em pedra, no tecto. |
Como não podia deixar de ser, o Harém, num pátio enorme ajardinado, onde o Rei alojava mais de 200 esposas (não oficiais ... o que quer que isto signifique!). |
Um olhar mais atento mostra que nem todos os quartos têm portas iguais; ao que parece havia umas esposas mais privilegiadas! Há portas assim ... |
... e assim! Talvez fosse a chefe ... afinal há que manter o Harém bem organizado para satisfação do Rei ... |
A avaliar pelo aspecto das portas, ele tinha-as muito bem guardadas ... |
... e dali ele contemplava-as. |
Domingo – New Delhi
Dia dedicado à visita a locais históricos. Começámos pelo túmulo de Mahatma Gandhi.
Local onde se encontram as cinzas de Mahatma Gandhi. |
O Palácio Presidencial, em arenito vermelho, visto da India Gate. As dimensões e a beleza são impressionantes! |
O Parlamento Indiano. |
Com o colega Santanu Bose, da Universidade de Kolkata, que tive como post-doc há uns anos em Lisboa, em frente a uma das alas do palácio. |
O edifício principal do palácio. Quem plantou este pirolito aqui ao meio não pensou nos fotógrafos do futuro ... |
Aspecto de uma das alas laterais do palácio. É impressão minha ou aquilo é uma caravela Portuguesa? |
A India Gate ao fundo ... |
... e agora vista de perto. |
Este cachorro certamente não sabe ler, mas percebe claramente o significado de “refrigerated water” ... |
Isto é que é um cão esperto ... até sabe, intuitivamente, que o ar frio, mais denso, forma uma corrente descendente. Cachorro quente refrigerado a ar condicionado! |
Casa onde viveu Indira Gandhi enquanto governante indiana. |
A notícia do assassinato. |
Retrato de Indira Gandhi, antes de ser assassinada, em 1984, por dois dos seus guardas pessoais. |
Aspecto parcial do seu escritório/biblioteca. Sobriedade e elegância. |
O filho, também governante indiano, teve destino semelhante ao da mãe. Indumentária que usava aquando do atentado à bomba que o vitimou. |
Visita ao Bazar de Artesanato de Delhi (Dilli Haat) para imposto de solidão e memórias de viagens. |
Vista parcial do bazar. |
Habitante do bazar. Este também não é tolo de todo ... a refrescar a barriguinha na terra húmida da sombra. |
Templo a caminho do Qutb Minar. |
O Qutb Minar, minarete de dimensões e arquitectura impressionantes. |
Salas adjacentes. |
Vista mais de perto. Já repararam na forma? |
Aspecto da talha em pedra ... |
Em detalhe, percebe-se que o trabalho de talha é impressionante! |
Esta coluna em ferro está aqui há mais de 900 anos e sem qualquer vestígio de ferrugem! |
Para recordar ... |
Vista de baixo, e chamada de atenção para a talha em blocos com superfície não plana, cilíndrica ... |
Ainda outro aspecto da talha em pedra ... |
À sombra é que se está bem, está muito mais fresco ... estão só 44 ºC! |
Vista do Templo de Lótus. |
... mais de perto. |
Já dentro dos terrenos do Mausoléu do Imperador Humayun. |
Entrada para o mausoléu. |
O mausoléu. |
Aquela culminação em bronze maciço tem 6 m de altura! |
O memorial de Ghandi. |
Gandhi e a roda de fiar. |
Quarto de Gandhi. Quem vivia nesta simplicidade não podia ser corrupto ... sem mais comentários e comparações com os políticos actuais. |
O local onde Gandhi foi assassinado à queima-roupa quando voltava das orações matinais. |
06 de Junho
Viagem New Delhi - Kolkata (ou Calcutá)
Acabou a geologia de campo e vai começar a geologia de gabinete. Deixamos New Delhi com 45 ºC ... à sombra! Quando se sai para a rua a cara arde como se se estivesse muito próximo de um fogo.
Alguém consegue perceber porque é que o comandante conduz o avião aos esses?! Ver o vídeo abaixo ... |
O piloto teve de contornar um cumulo-nimbus, cujo topo em bigorna se encontrava bem acima dos 11 000 m de altitude. Passar ali dentro destruiria o avião!
3 comentários:
Belíssima reportagem, com fotografias absolutamente fantásticas! Deliciei-me...
Um abraço
Eduardo
UAU! adorei as fotos e a narrativa! Obrigada pela partilha!
Gostei imenso dos testemunhos desta viagem. Dos riscos, nem digo nada...
Um abraço
Piedade
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